Chris Beattie, baixista fundador do Hatebreed, entrou com um processo contra seus ex-companheiros de banda, alegando que foi removido injustamente em novembro de 2024 e que tem direito a lucros que não foram repassados desde sua saída.
A ação judicial, protocolada em 30 de julho, aponta o vocalista Jamey Jasta (James Shanahan) como principal responsável por sua demissão — supostamente motivada por uma tentativa de reter uma fatia maior dos rendimentos do grupo.
De acordo com documentos obtidos pela Billboard e Blabbermouth, desde 2015 existia um acordo interno entre Jasta, Beattie e o baterista Matt Byrne, em que cada um receberia 25% das receitas de vendas e merchandising, com os dois outros membros ficando com 12,5% cada. A banda mantinha uma conta bancária controlada por Jasta e o empresário Steve Ross, responsáveis pela gestão dos repasses financeiros.
“Beattie e outros não tinham nenhum conhecimento de como as finanças estavam sendo distribuídas, com pedidos de informações específicas ignorados,” afirma a ação.
O processo também aponta que Beattie era coautor de grande parte das músicas, e que sua saída abriria espaço para que Jasta acumulasse maior parte dos direitos autorais:
“Com Beattie fora da banda, Shanahan provavelmente acreditava que poderia recuperar significativamente mais em termos de rendimentos de publicação.”
Beattie também afirma que o vocalista vinha demonstrando comportamentos erráticos, como destratar a equipe técnica e desabafar publicamente sobre esgotamento e estresse.
A saída do baixista foi tornada pública apenas em fevereiro de 2025, quando a banda anunciou Matt Bachand (Shadows Fall) como substituto. No entanto, Beattie rebateu o anúncio:
“Eu estava sob a impressão de que um anúncio conjunto seria acordado com antecedência, mas como isso não aconteceu, eu queria abordar suas preocupações em minha própria postagem.”
Em sua declaração no Instagram, o ex-baixista foi direto:
“Quero esclarecer que a decisão de deixar a banda não foi minha e que minha saída foi desnecessária e baseada em declarações enganosas e ilegais que serão sujeitas a ações futuras.”
Um episódio citado na ação envolve um suposto incidente com um segurança, ocorrido dias antes de sua demissão, durante um show do Hatebreed em Connecticut. Segundo a ação, o segurança teria mentido sobre ter sido assediado por Beattie, o que teria influenciado sua remoção imediata da banda.
Até o momento, Jamey Jasta e o Hatebreed não comentaram publicamente sobre o processo. A banda segue em turnê pela Europa.
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