O The Cult vai dar uma pausa nas estradas. Em comunicado assinado por Ian Astbury e Billy Duffy, a banda anunciou que vai se afastar das turnês por tempo indeterminado após o fim da atual “Death Cult / The Cult 8525 Tour”.
A decisão marca o encerramento de um ciclo de celebração de 40 anos de carreira, mas sem sinal de despedida definitiva.
“A Mãe Natureza tem um ciclo de mudança e evolução que é inevitável. As fases da lua mudam, as marés sobem e descem. A mudança é necessária para a criação e o renascimento”, escreveram Astbury e Duffy no comunicado oficial.
“É com isso em mente que, após as datas restantes da nossa atual turnê norte-americana, decidimos nos afastar das turnês por um tempo indeterminado. Temos excursionado intensamente nos últimos anos e agora vamos concentrar nosso foco em escrever, gravar novas músicas e explorar outros projetos que serão revelados com o tempo. É um momento de olharmos para dentro e recarregar nossas baterias espirituais.”
“Quando voltarmos ao palco, será com um fogo e uma energia ainda mais fortes, que vamos compartilhar com todos vocês. O nosso vínculo é comunal, e não será rompido — apenas pausado. Até lá, temos cinco shows restantes nesta turnê, culminando no Shrine Auditorium, em Los Angeles, no dia 30 de outubro. Por favor, juntem-se a nós nessa incrível celebração de 40 anos de The Cult e Death Cult. Agradecemos, do fundo do coração, por todo o amor e apoio. Isso nos mantém vivos.”
Um ciclo que se encerra — e outro que começa
A mensagem tem um tom quase espiritual, tratando o hiato não como um fim, mas como uma etapa natural de transformação criativa.
Em falas individuais, os dois fundadores da banda reforçaram o clima de gratidão e introspecção.
“Foram três anos lindos celebrando nossa música com a família The Cult ao redor do mundo. Agora é hora de ir para casa, passar tempo com nossas famílias e criar novas músicas”, disse Billy Duffy.
“Minha mais profunda gratidão a todos que estiveram presentes e se imergiram em nosso mundo. Sou profundamente grato por estar conectado à nossa família Cult enquanto nos preparamos para esses últimos cinco shows por um tempo e aproveitamos a oportunidade para mergulhar em nossas próximas aventuras criativas. Mais será revelado. Bênçãos a todos vocês”, completou Ian Astbury.
Em recente entrevista à Loudwire Nights, Astbury admitiu que o momento é de incerteza, mas também de abertura:
“Estamos num momento interessante, e não sei exatamente o que o futuro reserva para a banda. Essa turnê se chama Paradise Now, então talvez o Paradise Now continue… ou talvez o último show seja em 30 de outubro, em Los Angeles, e então seguiremos em frente.”
O futuro: novo álbum e o renascimento do The Cult
Além da pausa, há boas notícias para os fãs.
A banda já trabalha em novas músicas, sucessoras do mais recente álbum, Under the Midnight Sun (2022).
E vem aí também Paradise Live, um álbum ao vivo do The Cult, com lançamento marcado para 16 de janeiro de 2026.
Gravado no Albert Hall, em Manchester, o disco traz 16 faixas sem overdubs, registrando o retorno do Cult aos palcos — um tributo às origens do grupo.
O lançamento contará com versões em vinil duplo (edições black splatter e white splatter), além de CD e digital.
O Death Cult foi a ponte entre o Southern Death Cult, fundado por Astbury em 1981, e o The Cult, que se consolidou em 1984 com o álbum Dreamtime.
De lá pra cá, foram 11 álbuns de estúdio, hits imortais como She Sells Sanctuary, Rain, Fire Woman e Love Removal Machine, e uma das trajetórias mais consistentes do rock britânico.
Últimos shows antes da pausa
A banda encerra a “Death Cult / The Cult 8525 Tour” com cinco datas nos Estados Unidos:
- 24 de outubro – Las Vegas, NV – The Pearl
- 25 de outubro – Phoenix, AZ – Arizona Veterans Memorial Coliseum
- 27 de outubro – San Francisco, CA – The Warfield
- 29 de outubro – Del Mar, CA – The Sound
- 30 de outubro – Los Angeles, CA – The Shrine Auditorium
Esses shows marcarão o fim de uma fase e o início de um novo capítulo na longa e mística jornada do The Cult — que promete voltar, mais intenso do que nunca.
Por: Maurício Almeida (@mau_almeida85)
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