Na noite de 4 de junho de 2025, Belo Horizonte viveu um evento que ficará marcado para sempre na memória dos fãs de música pesada. Kiko Loureiro, acompanhado de uma banda que beira o inacreditável — Felipe Andreoli no baixo e Bruno Valverde na bateria — entregou um espetáculo técnico, emotivo e explosivo no Mister Rock. E como se não bastasse, trouxe ao palco Alírio Netto e o mestre Marty Friedman.
A Theory of Mind Tour já prometia, mas em BH virou acontecimento. A sequência inicial com “Blindfolded”, “Reflective” e “Overflow” deixou claro: o novo material solo de Kiko é poderoso. E então veio o primeiro soco na memória coletiva: “Dystopia”, direto da fase Megadeth de Kiko, fez a plateia ferver.
Com Andreoli e Valverde dando um show à parte em cada música, o setlist foi uma verdadeira jornada. Na sequência, vieram a poderosa “No Gravity”, o groove brasileiro de “Pau-de-Arara”, e um medley de clássicos do Angra (“Carry On”, “Spread Your Fire”, “Nova Era” e mais) veio como uma avalanche — impossível não arrepiar.
O ponto alto? Difícil escolher. O show se transformou em uma celebração ainda mais especial com a entrada de Alírio Netto, que dividiu os vocais com Kiko em momentos emocionantes como “Nothing to Say” e “Angels and Demons”. Juntos, entregaram também uma versão marcante de “Late Redemption”, que se fundiu com um trecho poderoso de “Heaven and Hell” — novamente com Kiko nos vocais e honrando o legado de Dio com respeito e garra.
E então, o clímax: Marty Friedman surge, e o Mister Rock quase vem abaixo. A partir daí, virou aula magna. A dobradinha “Hyper Doom” e “Tornado of Souls” (mesmo que só um trecho) levou a plateia ao êxtase. Mas foi com “O trem azul”, homenagem a Lô Borges exclusiva para BH, que Marty e Kiko mostraram que feeling e técnica podem caminhar juntos com alma brasileira. Simplesmente mágico.
A trinca final com “Tearful Confession”, “Rebirth” e o bis com “Stormbringer” (Deep Purple) selou a noite com categoria. Uma celebração da música pesada, da amizade e da fusão entre mundos.
Resumo?
Kiko, Andreoli, Valverde, Alírio e Marty Friedman transformaram BH em capital mundial do metal por uma noite. E Kiko, além de guitarrista brilhante, provou que também sabe entregar nos vocais quando o momento pede.
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